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Quarta-Feira, 20 de Agosto de 2025

Em 2018, Enel registrou lucro 14 vezes maior; em contrapartida, investimentos caíram



Em 2018, Enel registrou lucro 14 vezes maior; em contrapartida, investimentos caíram

Companhia fechou 2018 no azul em R$ 252 milhões mais saldo de R$ 1,29 bilhão em créditos fiscais com a Receita Federal; no período, houve redução em investimento de mais de R$ 80 milhões


A Enel Distribuição Goiás ampliou o lucro líquido registrado no ano passado no Estado, mas o investimento foi na contramão. Segundo balanço referente a 2018 e divulgado no último dia 17, a companhia fechou o ano passado no azul com as atividades operacionais em R$ 252 milhões mais o resultado positivo de R$ 1,29 bilhão relacionado a créditos fiscais com a Receita Federal. Um salto contábil significativo se comparado com 2017, quando registrou R$ 110,32 milhões de lucro líquido.


O lucro mais de 14 vezes maior de um ano para outro contrasta, porém, com a queda de mais de R$ 80 milhões nos investimentos, que passaram de R$ 837,11 milhões em 2017 para R$ 756,67 milhões no ano passado. Em resposta, a empresa afirmou que o salto no lucro é justificado especialmente pelo fato “extraordinário e não recorrente” relacionado a créditos fiscais com a Receita Federal.


Conforme a empresa, esse valor se refere a prejuízos que foram acumulados pela distribuidora durante o período em que ainda era estatal e poderão ser compensados futuramente no Imposto de Renda e Contribuição Social que for devido.


Por isso, o valor não teria relação com os resultados operacionais e não possui efeito no caixa. Quando empresas operam em prejuízo pode ocorrer crédito com a Receita a ser compensado no futuro, como foi o caso da antiga Celg Distribuição (Celg D), o que causa diferença entre o balanço contábil e o caixa.


A Enel explica que, antes da privatização da distribuidora, ela apresentou prejuízo durante mais de 20 anos, sem perspectiva de lucro futuro. Assim, não estaria apta a utilizar o mecanismo dos créditos fiscais, previsto na legislação do Imposto de Renda (Lei 8.981/95, art. 42) e que se aplica a qualquer empresa brasileira desde 1995.


“Como voltou a apresentar resultados positivos, a distribuidora passou a recolher novamente os impostos à Receita Federal e, com base nas perspectivas de resultado positivo nos próximos anos, pode utilizar os créditos fiscais acumulados no passado, de forma gradativa, em um período estimado de dez anos, respeitando as normas contábeis e tributárias vigentes”, descreve em nota.


Para a Enel, o reconhecimento desses créditos fiscais seria importante para fortalecer o balanço contábil da companhia e permite que “tenha capacidade de buscar fontes de financiamento mais adequadas para a sua atividade operacional e seus investimentos futuros, tornando-a mais sustentável para atingir os compromissos de melhoria na qualidade dos serviços”.


No ano passado, o maior volume de investimentos, segundo o balanço, foi direcionado a qualidade do sistema elétrico, com maior atenção a adequação de carga do sistema elétrico, tecnologia da informação, segurança e meio ambiente. Questionada sobre a diferença entre lucro e o investimento, a empresa informou à reportagem que “tem investido 3,5 vezes mais no Estado, em relação aos níveis históricos destinados pela companhia quando ainda era estatal”.


Seriam esses investimentos que possibilitaram melhora na duração (DEC) e na frequência (FEC) das interrupções no fornecimento de energia, respectivamente, de 18,9% e 27,2%. “A duração das interrupções atingiu o melhor patamar desde 2011, em função do maior volume de investimentos”, defende. Porém, a Enel Distribuição Goiás foi eleita a pior distribuidora do País pelo resultado de 2018, pois ultrapassa os limites estipulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para DEC e FEC.


Outro ponto que chama atenção no balanço é o número de consumidores estável, com aumento de apenas 0,3% de um ano para outro. Para o presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas - Seção Goiás, Petersonn Caparrosa, o balanço mostra que a empresa tem foco na gestão de ativos e no reconhecimento do que foi investido, por isso o investimento não é percebido pelo consumidor. Para ele, a intenção parece ser o retorno do investimento na compra da Celg D. E o consumidor que pode busca alternativas.

 

Fonte: O Popular




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